quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quarto Aniversário de Cidade Velha-Património da Humanidade

Prezado Dr. Jair Fernandes
Curador da Cidade Velha,
Acabo d receber o convite para o evento, em epígrafe, preciasamente no momento em que vai-se proceder à abertura do evento. Estando eu no período de avaliação na Uni-Cv, e com obrigações academicas inadiáveis, lamento informar que não poderei estar presente no evento. Assim, só me resta agradecer o convite formulado e pedir-lhe que apresente as minhas desculpas ao senhor Presidente da Câmara de Ribeira Grande de Santiago e ao senhor Ministro da Cultura.
Tenho seguido o dinamismo imprimido pela Curadoria na Cidade Velha e louvo as realizações levadas a cabo e o clima salutar de entendimento entre os intervenientes no processo. Sempre entendi que esse clima era indispensável para o sucesso das acções de salvaguarda e para a valorização do sítio histórico da Cidade Velha. A conquista do estatuto de Património Mundial é uma das grandes vitórias de Cabo Verde e da África onde esse estatuto não abunda. Por isso, parabenizo, em primeiro lugar, os munícipes e a edilidade da Ribeira Grande, os técnicos que trabalharam no dossier e todo o sistema cultura que deu o seu melhor para o reconhecimento alcançado. Ser Património da Humanidade orgulha a qualquer país e quando esse estatuto é conquistado pela primeira vez, o orgulho é redobrado. O destino quis que eu estivesse ligado ao processo que conduziu ao reconhecimento final. Agradeço ao meu país e à Cidade Velha por me terem dado esta oportunidade, agradeço aos membros da equipa que preparou o dossier pela qualidade do trabalho realizado. Agradeço a Deus por me ter dado o discernimento na condução de um dossier que chegou a passar por momentos críticos, mas que graças a esse mesmo discernimento foi possível encontrar-se a melhor via.
A todos, o meu profundo reconhecimento, Manuel Veiga.

domingo, 23 de junho de 2013

Raprizentason di Konjunson Kordenadu kopulativu "Y"



Debe kauza konfuzon pa alguns algen raprizentason di konjunson kordenadu kopulativu na kriolu. Uns ta raprizenta-l pa “i”, otus, sima mi, ta raprizenta-l pa “y”. Izénplu: mar y téra; N trabadja txeu y N odja frutu di nha trabadju.
Fundamentason ki nu tinha ti gósi éra pamodi “i” é un sinplis vogal; enkuantu “y” é un klasi gramatikal (konjunson... kordenadu kopulativu). Ses distinson ta fasilita kumunikason skritu.

N kaba di diskubri un nobu fudamentason, através di disertason di un aluna di Maiu y di mestradu di di Kriolístika, Ana Karina Tavres Moreira, ki ta raprizenta, na kriolu di Maiu, forma verbal “é” pa “i”: ”kasa di Manel i mas pikinin ku di Djon”/ a casa do Manuel é mais pequena que a do João”.

N konfirma es realizason ku un otu alunu di Maiu, na disiplina ki N ta ministra, "Traduson y Téknikas di Spreson na Kriolu".

Ta kontise ki si “i” pode ser un vogal y un fórma verbal; un tirseru funson di « i », komu konjunson kordenadu kopulativu, ta aumentaba konfuzon y sobripozison.

Di li razon pamodi N ta skrebe: “mar y téra” y nãu “mar i téra”.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Kumunikason Daguma


 
Na aula di Traduson y Téknikas di Spreson na Kriolu, nu atxa, na livro de José Esteves Rei – Faça-se Ouvir, spreson purtugês: “Comunicação Empática”. Na kriolu, mi ku nhas alunu, nu traduzi-l pa “Kumunikason Daguma”. Ken ki ten otu alternativa midjór pa manifesta

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Baka Nbia-bu Runhu


Modi ta Fladu na purtugês “baka ta nbia-bu runhu?

Txeu bês N purguntadu modi ta fladu na purtugês “baka nbia-bu runhu”? N ta pensa ma es frazi é un konstruson idiomátiku, ku forsa di metáfora, ki podeba tanbe signifika “fronta dja panha-u”.
Nha propósta di traduson pa purtugês é: “a vaca te acutilou gravemente”, u-ki pode signifika “estás em maus lençóis”. Anton, “baka nbia-bu runhu” pode ser sinónimu di “estás em maus lençóis” ô anton "estás a comer o pão que o Diabo amassou".

terça-feira, 4 de junho de 2013

Jornada Científica


1ª Jornada Científica da Cátedra Amílcar Cabral

(Relatório)

 Como previsto, a 1ª jornada científica da CAC-CV teve lugar no Campus de Palmarejo, entre as 9H00 e as 12H30 do dia 31 de Maio.

Dos seis projectos de investigação previstos, só foi possível a apresentação de quatro: “Monopólio da Terra, Disputas Partidárias e criação de um centro de civilização (1822-1851)”, da autoria do doutor Eduardo Camilo Pereira; “Género da Perspectiva de Amílcar Cabral”, da autoria da doutora Crispina Gomes; “Problemas de Tradução do Português para o crioulo e do crioulo para o português’, da autoria do mestre Paul Moreno; “Autonomização da Língua Caboverdiana ancorada nas Matrizes Lusas e Africanas”, da autoria do signatário.

Todas as apresentações seguiram o formato previamente estabelecido. O debate foi vivo, participado e com alinhamento de várias propostas direccionadas para a dinamização da investigação na Uni-CV, de que daremos conta mais abaixo.

A jornada que foi realizada em saudação ao 50º  aniversário da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), a 25 de Maio de 1963, hoje União Africana, apresentou algumas recomendações, quais sejam:

  1. Elaboração e dinamização de uma adequada política de investigação na Uni-CV;
  2. Criação de um corpo de investigação que garanta a produção de conhecimento na Uni-CV, de forma estável e permanente, com docentes-investigadores a pleno tempo, já que a investigação, numa Universidade que se preze, não se compadece com a prestação a tempo parcial. Seria desejável que houvesse um orçamente consagrado à investigação e para facilitar a participação de investigadores em simpósios ou colóquios internacionais, com relevante interesse para projectos de investigação em curso;
  3. Edição de revistas electrónicas e criação de condições para a publicação de outras revistas, nomeadamente a revista “Desafios...”, da CAC-CV;
  4. Divulgação de trabalhos de investigação mediante a edição anual de um determinado número de projectos concluídos.
  5. Dotação à Biblioteca da Uni-CV de um orçamento anual para a aquisição bibliográfica e assinatura de revistas de especialidade;
  6. Diminuição de carga horária dos docentes-investigadores com projectos de investigação aprovados e  em curso;
  7. Que os tempos lectivos semanais de um docente-investigador com projecto de investigação aprovado sejam  agrupados ou na parte de manhã, ou na parte de tarde, o que permite uma melhor organização e disponibilidade para a investigação;
  8. Que a CAC-CV, de acordo com o programa já estabelecido, promova, o mais breve quanto possível, a criação de um núcleo de documentação voltada para o legado de Amílcar Cabral, para a história e para a cultura caboverdianas;
  9. Que o aprofundamento da crioulidade, sem descurar as perspectiva euro-africana, tenha também em conta o continente americano, de onde provieram muitos elementos da nossa fauna e flora.

A jornada foi encerrada com anúncio de que, no quadro do aniversário de Amílcar Cabral em Setembro, será organizado em Outubro (já que em Setembro a Uini-CV normalmente funciona a meio gás) uma mesa-redonda sobre “a infância de Amílcar Cabral”; “a infância em Amílcar Cabral” e “algumas notas sobre a poética do jovem Amílcar Cabral”.

Foi anunciado ainda que em Novembro será lançado o número Zero da revista da Cátedra e que em breve a direcção da revista vai solicitar aos membros da Cátedra, interessados, que enviem artigos.

Assim, quando eram 12H30 minutos, foi dada por encerrada a 1ª jornada da Cátedra.

                                                                                                     Praia, 1 de Junho de 2013

                                                                                                         O Director da CAC-CV

                                                                                                           Manuel Veiga, Ph.D.