domingo, 11 de agosto de 2013

Romance O Escravo de José Evaristo de Almeida

Aplaudo a digitalização do romance O Escravo, de José Evaristo de Almeida. Trata-se de uma obra ímpar na nossa literatura. Tive o privilégio de fazer o Prefácio da segunda edição da obra. Quando o escritor Manuel Ferreira pediu-me que o fizesse, respondi-lhe que não aceitava porque não conhecia nem o autor, nem a obra. Ele insistiu dizendo que me mandaria a fotocópia da primeira edição para ler e ver se aceitava o convite ou não. Depois da leitura não tinha como dizer não. Foi uma grande surpresa. Na altura, disse ao Manuel Ferreira que duvidava se o autor era realmente português. É que toda a obra regurgitava de caboverdianidade, uma caboverdianidade vivida, sentida, respeitada e exaltada. Pareceu-me que só um grande caboverdiano poderia escrever essa obra. Pela carta de uma bisneta de José Evaristo de Almeida, que então vivia nos EUA, fiquei a saber que ele era mesmo português. E portugueses como José Evaristo de Almeida devem merecer todo o nosso respeito e admiração. Aliás, o nome de José Evaristo de Almeida vai constar da galeria dos imortais, como um dos patronos da Academia Caboverdiana de Letras que está em processo adiantado de criação. Obrigado ao assessor Adalberto Furtado e ao vogal José Manuel Pereira que me deram o prazer intelectual de ter o Escravo digitalizado. Saudações académicas, Manuel Veiga http://www.portaldoconhecimento.gov.cv/handle/10961/1977/simple-search?query=o+escravo