quinta-feira, 5 de julho de 2018

A HORA GRANDE


O 5 de Julho de 1975 foi o GRANDE DIA para o Povo de Cabo Verde. Nesse dia, a Nação Cabo Verdiana, de jure, começou a existir. Em todos os cantos das ilhas ecoou o HINO da LIBERDADE e da DIGNIDADE, um legado-memória de Cabral:
“Sol, suor e o verde e o mar.// Séculos de dor e esperança;/ Esta é a terra dos nossos avós!// Fruto das nossas mãos,/ Da flor do nosso sangue;/ Esta é a nossa Pátria amada.// Viva a pátria gloriosa// Floriu nos céus a bandeira da luta.// Avante contra o jugo estrangeiro!// Nós vamos construir/ Na pátria imortal/ A paz e o progresso”.
E o artista Paulo de Carvalho nos lembra que “Os meninos à volta da fogueira/Vão aprender coisas de sonho e de verdade/Vão aprender como se ganha uma bandeira/Vão saber o que custou a liberdade”.
Hoje, é o poeta A. Spencer Lopes quem nos exorta: “Canta, irmão/Canta, meu irmão/ Que a liberdade é hino/ E o homem a certeza”.
Sim, a certeza que a dignidade e a liberdade conquistadas, a preço de sangue, são irreversíveis; a certeza de que o modernismo, a mudança e a inovação são bem-vindos, mas sem comprometerem nenhumas das conquistas já alcançadas; a certeza de o “querer partir e ter que ficar ou o querer ficar e ter que partir” já não são uma fatalidade, porque hoje “conhecemos a razão das coisas” e sabemos que temos “outra terra dentro da nossa terra”; a certeza, ainda, de que tanto a nossa dignidade, como a nossa terra não serão vendidas ou hipotecadas; a certeza de que o desenvolvimento não vai excluir ninguém e a segurança passará a ser um bem de primeira grandeza.
O 5 de Julho custou muito caro e “há que aprender como se ganha uma bandeira e o que custou a liberdade”.

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