segunda-feira, 26 de outubro de 2020

GANHAR COM HUMILDADE

 

PERDER  COM MAGNANIMIDADE

 

Quem tinha apenas duas Câmaras e acabou por conquistar mais seis tem razões para celebrar. Que esta celebração seja com humildade, com responsabilidade, com humanismo e com patriotismo.

Sempre quis que houvesse maior equilíbrio em termo de responsabilidade autárquica no País. O novo cenário em que o PAICV vai administrar oito câmara e o MpD catorze se é que não me dá inteira satisfação é, contudo, um sinal de grande vitalidade social, em Cabo Verde.

Parabenizo, pois, os vencedores e a todos que participaram na jornada autárquica d 25 de Outubro 2020, as minhas vivas felicitações, de uma maneira muito especial para participação dos “independentes” que, não há dúvida, qualquer que seja o resultado alcançado, deram um grande contributo à democracia, em Cabo Verde. Para eles, também, as minhas vivas felicitações.

 

Nesta ocasião em que celebramos a vitória dos que ganharam as eleições, e nos propomos a analisar as razões que estiveram na base das derrotas havidas, deixo-vos um pensamento do Ali-Bem-Ténpu sobre a ética do “Eu”e a moral do “Nós”:

Kusas meste muda.

Só com um código de ética que, sem marginalizar o “eu”, promove a cultura do “ tu” e a do “ele”, a pessoa humana e a sociedade, em geral, voltam a desfrutar da paz do jardim do éden e da felicidade holística para todos e cada ser humano.

O Ali Ben Ténpu sabia que “a moral do nós” é o caminho para essa felicidade numinosa, no planeta Terra. Sendo ele próprio produto da “civilização do eu”, quis protagonizar uma moral e uma ética diferentes, tanto para a baía azul como para a aldeia global. Seria a sua contribuição à crioulidade islenha e à humanidade, em geral.

Concentrando-se na fecundidade do seu pensamento, eis o que conseguiu descortinar num tempo “in fieri”, que o presente calendário, de forma representativa, ainda não inscreveu na sua agenda:

·         O coração e a razão, nos seres humanos, despertaram-se de um sono milenário;

·         A civilização do eu” transformou-se na “civilização do nós”;

·         No código de ética, o “eu e o tu” beneficiavam de iguais oportunidades, sendo a competitividade entre eles a da qualidade e nunca a de exclusão ou a de sanguessuga;

·         A sociedade, as instituições, as organizações de toda a índole, as pessoas, individual e coletivamente, se consciencializaram que o “eu” só pode ser feliz se o “tu” também o for;

·         Prevalecendo esta “ética do nós”, a harmonia familiar floresce; o equilíbrio social reina; a violência se enfraquece; a economia cresce; o desemprego desaparece; a dominação, a exploração e a corrupção, pouco a pouco, se vão extinguindo; a política se converte num desafio de causas e num serviço à comunidade; as doenças neuróticas e cardiovasculares ficam cada vez mais raras; a fraternidade e a solidariedade alavancam as relações sociais; a felicidade holística se generaliza; as pessoas se convencem que o paraíso terrestre é possível.

Todo este sonho do Ali-Bem-Ténpu é uma antevisão. O tempo, seguramente, vai dar-lhe razão. Porém, vive-se ainda “ na civilização do eu”, embora a caminhada para “a civilização do nós” se encontre já em curso.

Aqueles que encontrarem razões para acreditar no Ali-Ben-Ténpu só lhes restarão ser coerentes e consequentes: continuar a marcha conducente à “civilização do nós” e ao código de moral que não subestima o “eu”, nem discrimina o “tu” (Cf. MV, Profecias dp Ali-Ben-Ténpu, p. 192-193).




 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário