quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mestrado d Crioulística e Língua Caboverdiana oferece a Cabo Verde 8 Mestres

Gostaria de compartilhar com os meus amigos a alegria que sinto face aos resultados alcançados na defesa das oito dissertações de Mestrado, duas ocorridas no passado dia 6 de Setembro e seis outras nos dias 11 e 12 de Novembro. Os resultados são encorajadores: um 15, um 16, três 17, um 18, dois 19. O Júri era internacional, integrando docentes da Uni-CV, da Uni-Piaget, da Lusófona, das Universidades de Gran Canárias, de Michigan nos EUA, da Universidade Aberta de Lisboa e da Universidade de Erlangen, na Alemanha. A crioulística caboverdiana ficou mais enriquecida. Pela primeira vez, se fez um estudo linguístico sobre a variedade de Maio; pela primeira vez se fez um estudo da descrição fonética e fonológica da variedade de Santo Antão; pela primeira vez se fez uma análise descritiva e comparativa aprofundada das variedades do Fogo e Santiago; pela primeira vez se fez uma dissertação inteiramente em crioulo, sobre as interferências do português no caboverdiano; pela primeira vez se fez um estudo teórico e prático sobre a tradução do português para crioulo, com base em textos bíblicos. Trabalhos ligados ao sistema pronominal, às interferências do crioulo no português e ao ensino da língua materna e da língua segunda completam os temas tratados nas dissertações. Não dúvida de que os actuais mestres estão preparados para o ensino, para a investigação e para a tradução de e para a língua caboverdiana. Creio que está-se a passar o testemunho, e o futuro da língua caboverdiana parece estar cada vez mais garantido. Por tudo isto, o meu contentamento é da grandeza da nossa língua materna, aquela que, sem dúvida, é a expressão maior da nossa identidade.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Encontro com o Investigador, Doutor Julião Soares Sousa

Encontro de alunos da disciplina de Língua Caboverdina (no curso de jornalismo, 1º ano) e de alguns alunos do curso de História, com o Investigador Doutor Julião Soares Sousa, na Uni-CV (Campus do Palmarejo, hoje, 4 de Novembro de 2013). O tema do encontro era Amílcar Cabral. O mesmo começou com um pequeno concurso à volta desse grande líder. Dois alunos se destacaram e receberam, como prémio simbólico, um exemplar do livro de Julião Soares Sousa (Amílcar Cabral - Vida e Morte de um Revolucionário Africano), uma oferta da Cátedra Amílcar Cabral e das Edições Spleen. Foi um momento de muita partilha e de muita empatia com o tema. Que ninguém me venha dizer que não há interesse dos jovens para com a nossa história. Para haver interesse, quem conhece essa história tem o dever de partilhá-la e as instituições vocacionadas têm o dever de criar as condições para tal. Queria registar o facto de os alunos se terem comportado muito bem e de terem demonstrado interesse e empatia com o tema. No ano em que celebramos o “2013 - Ano de Amílcar Cabral na Uni-CV”, o encontro serviu de ensejo para lançamento de um concurso junto dos alunos de história sobre “Que significado tem para si a morte de Amílcar Cabral”. Os textos serão entregues no quadro de 20 de Janeiro de 2014 e a Cátedra atribuirá um prémio simbólico ao melhor trabalho, trabalho esse que ficará exposto na sede da Cátedra. A juventude cabboverdiana residente na Praia é convidada a tomar parte na jornada promovida pela Cátedra Amílcar Cabral, sobre “O Legado de Cabral para a Juventude”, a ter lugar no próximo dia 19 do corrente, durante todo o dia, no auditório da Reitoria no Plateeau. Nessa jornada, contamos com a dinâmica, com o conhecimento e a sã rebeldia da juventude, relativamente à vida obra de Amílcar Cabral. Venham todos, porque a presença e contribuição de cada um são insubstituíveis. Viva a Juventude de Cabo Verde, viva o legado de Amílcar Cabral