segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lançamento da Cátedra A. Cabral e histórico da sua criação



A Cátedra Amílcar Cabral na Uni-CV:
Um Espaço para a Afirmação e a Valorização do Humanismo,
 da Caboverdianidade e do Legado de Amílcar Cabral

SE. Senhor Primeiro-Ministro
Senhor Ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação,
Magnífico Reitor e Altos Dirigentes da Uni-CV
Senhor Presidente da Fundação A. Cabral e Altos Dirigentes da mesma Fundação
Senhora Ana Maria Cabral
Senhoras e Senhores Dirigentes e Coordenadores do Sistema Uni-CV
Senhoras e Senhores Membros da Comissão Instaladaora da CAC-CV
Senhor Doutor Julião Sousa Soares – convidado da Uni-CV para proferir a aula magna
Senhores Docentes e Investigadores
Caros Estudantes
Minhas Senhoras, Meus Senhores,

Na qualidade de Presidente da Comissão de Instalação da Cátedra Amílcar Cabral, na Uni-Cv, pediram-me que fizesse uma intervenção-balanço do processo que conduziu à criação da instituição e da sua subsequente instalação.
O projecto da criação da Cátedra Amílcar Cabral (CAC-CV) é uma ideia que levou algum tempo a ganhar maturação e que contou com  o entusiasmo e a abertura do actual Magnífico Reitor, bem como do seu antecessor, de alguns dirigentes e de docentes da Uni-CV, e ainda do interesse manifestado pela  Doutora Crispina Gomes, então Embaixadora de Cobo Verde em Cuba, onde existe uma Cátedra de Estudos Africanos Amílcar Cabral, de que ela é membro honorário.



A primeira declaração pública no sentido da criação da Cátedra Amílcar Cabral aconteceu a 17 de Janeiro de 2012 quando, por determinação do actual Reitor, o então Presidente do Conselho Directivo do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, Prof. Doutor Manuel Brito Semedo (hoje Vice-Reitor), foi mandatado a anunciar, durante uma jornada de estudos sobre Amílcar Cabral, que a Cátedra ia ser criada e instalada por ocasião do 88º aniversário natalício de AC, que aconteceria a 12 de Setembro do corrente ano.
Posteriormente, a Direcção da Uni-CV entendeu que a criação da Cátedra poderia ficar ligada, também, a 1 de Janeiro de 2013, altura em que se completam 40 anos do assassinato de Amílcar Cabral.
Considerando que a 21 de Novembro celebra-se o VI aniversário da Uni-CV e, ainda, a abertura solene do ano académico 2012-2013, entendeu-se que seria uma data significativa para, no quadro dos dois acontecimentos históricas atrás referidos, proceder à criação e instalação da Cátedra Amílcar Cabral, um espaço para promover a afirmação e a valorização do humanismo, da caboverdianidade e do legado de Amílcar Cabral.
Para dar corpo a este projecto, o Magnífico Reitor, pelo despacho nº067/2012, de 29 de Maio, criou a Comissão Instaladora da Cratera Amílcar Cabral.
A Comissão, presidida por mim, é integrada por:
·       Prof. Doutor Arlindo Mendes (hoje, Presidente do CD do DCSH)
·       Prof. Doutor Carlos dos Anjos (Coordenador de Mestrados e Doutoramentos em Ciências Sociais e Humanas)
·       Prof. Doutor Lourenço Gomes (Coordenador de História)
·       Mestre Octávio Cândida Francisca (Coordenador de Filosofia)
·       Mestre Arminda Brito (Professora de Cultura Caboverdiana)
·       Doutora Crispina Gomes (Membro e um dos dirigentes da Fundação A.C)

De acordo com o despacho reitoral, competia à Comissão propor:
a)     Os fundamentos que justificam a criação da Cátedra Amílcar Cabral;
b)     A estrutura de funcionamento da Cátedra;
c)     Os objectivos da Cátedra;
d)     O programa de funcionamento a curto prazo e linhas gerais de actuação a médio e longo prazos;
e)     O  Regulamento de funcionamento da Cátedra;
f)      O desenho da cerimónia de instalação;
g)     A proposta de membros fundadores.
Não pretendo dar-vos conta de todo o trabalho da Comissão porque isto seria maçador e o tempo de que disponho não me daria para tal. Apenas, gostaria de, resumidamente, falar-vos  de alguns dos instrumentos de instalação, preparados pela Comissão, e que considero essenciais para a criação da Cátedra, quais sejam: os fundamentos que justificam a criação da Cátedra e do Patrono escolhido; a estrutura de funcionamento; os objectivos e o programa indicativo; alguns aspectos fundamentais do Regimento.
A Comissão trabalhou num horizonte temporal que vai de Junho-Setembro 2012, em reuniões presenciais, mas também com recurso às novas tecnologias. Tanto durante o período de avaliação como o de férias, a Comissão teve que fazer uma engenharia do tempo para poder corresponder ao fim por que foi criado e, felizmente, conseguiu respeitar os prazos estabelecidos.
Assim, no concernente aos Fundamentos para a criação da Cátedra, com um forte pendor cultural, foi produzido um documento que diz:
É a importância e a abrangência da cultura, em todos os planos do humanismo, que levaram  o pensamento arguto de Amílcar Cabral a considerá-la como “síntese dinâmica no plano da consciência” da realidade histórica, material, espiritual, bem como das relações do homem com a natureza e/ou com as categorias sociais (cit.).
Para Amílcar Cabral, a cultura é um modo de ser e de estar que o homem cria para a satisfação das suas necessidades próprias e as do ambiente em que vive. Pela cultura o homem humaniza a natureza, espiritualiza a humanidade, engendra  o desenvolvimento, preserva e valoriza o legado da história, da sua história.
Ora, o que em grande medida justifica a existência de uma Universidade é, sem dúvida, a promoção e a divulgação do conhecimento, em matéria da cultura endógena, humanística, técnica e científica. Daí a pertinência e a importância da criação de uma Cátedra, na Uni-CV. Aliás, numa Universidade onde a formação, a valorização dos recursos humanos, nos mais diversos domínios, bem como a produção, a comunicação, a projecção e a extensão de conhecimentos fazem parte do seu projecto académico, uma Cátedra, com forte pendor cultural e científica, deixa de ser uma medida simplesmente administrativa para ser um dos fundamentos da existência da instituição, e uma exigência do humanismo, da ciência, do conhecimento e do desenvolvimento integral e sustentado.
Assim, a Cátedra vai contribuir para um maior dinamismo cultural e científico na Uni-CV, fazendo com que ela continue a ser uma instituição com ambição académica cada vez mais exigente, mais elevada, mais qualificada e profundamente enraizada nos valores do humanismo, da ciência, da técnica, da arte e do desenvolvimento.
Quanto às razões que justificam o patrono escolhido, a Comissão foi unânime em considerar que, em Cabo Verde, poucos terão teorizado a cultura, de forma tão sábia e tão abrangente, como fizera Amílcar Cabral. Vejamos alguns dos  aspectos por ele focados[1]:
Em Arma da Teoria (1978:225), reconhece: «Um povo que se liberta do domínio estrangeiro não será culturalmente livre a não ser que, sem complexos e sem subestimar a importância dos contributos positivos da cultura do opressor e de outras culturas, retome os caminhos ascendentes da sua própria cultura ...».


Mais abaixo, remata dizendo que as massas trabalhadoras devem quebrar «as grilhetas do universo da aldeia para se integrarem no país e no mundo» (p. 232). É  ainda o mesmo Cabral que, em declarações à Marcela Glisenti e Alioune Diop, disse em 1969: «Os nossos jovens devem ser cidadãos do mundo, devem conhecer a história da África e dos outros continentes. Não  queremos encerrar-nos num esquema individual, numa cultura específica, num mito tradicional; queremos viver como os outros, medir-nos com todo o mundo, com brancos, negros e amarelos» (Continuar Cabral, 1984: 266).
           
Na visão de Amílcar Cabral, toda a luta para a melhoria da qualidade de vida (ontem a luta armada e hoje a luta para o desenvolvimento e para a inclusão) é “um acto de cultura”.  Daí que  “reprimida perseguida, traída... Refugiada nas aldeias, nas florestas e no espírito das gerações vítimas da dominação, a cultura sobrevive a todas as tempestades, para retomar, graças às lutas de libertação, toda a sua faculdade de desenvolvimento» (l’Arme de la Théorie,1975,François Maspero, p.341).

Um homem com esta visão de cultura só pode prestigiar uma cátedra que leva o seu nome. Além disso, a Uni-CV, ao escolhê-lo como patrono da Cátedra, não só presta-lhe uma merecida homenagem, como também sufraga as ideias por ele defendidas e reconhece que o seu legado merece ser estudado, interpretado, enriquecido, divulgado e preservado.

Um outro instrumento importante para a instalação da Cátedra é o Regulamento.  Vejamos alguns elementos essenciais como a natureza da cátedra (artigo 2º); Os objectivos (artigo 5º); Os Órgãos (artigo 13º) e os Membros(art. 10º).
Diz o artigo 2º, sobre a Natureza da instituição:
« A Cátedra Amílcar Cabral é um espaço académico com natureza de centro de investigação e extensão de carácter trans, pluri e interdisciplinar que, em estreita colaboração e sintonia com outras estruturas académicas da Uni-CV, promove a investigação, a formação e a extensão do conhecimento, em matéria de cultura, em geral, bem como o resgate e a promoção da história e do património caboverdianos, em particular, e, ainda, do pensamento e da obra Amílcar Cabral, designadamente como humanista, homem de cultura, político e dirigente de libertação nacional, diplomata e agrónomo».

Isto significa que o chão cultural de actuação da Cátedra é plural, é multidisciplinar, é interdisciplinar.
É por isso que no artigo 5º, sobre os objectivos, encontramos um vasto leque de atribuições, quais sejam:
1)     «Promover a formação e a investigação cultural, técnica e científica;
2)     Estimular o conhecimento, a valorização e a preservação da cultura nacional, em todas as suas formas de expressão e de manifestação;
3)     Promover o respeito pela diversidade cultural, a interculturalidade e o diálogo de culturas, a nível nacional e internacional;
4)     Estimular a criação individual e colectiva e colaborar com as instituições de vocação cultural na valorização, dinamização, divulgação e preservação do património cultural;
5)     Promover o conhecimento e a assimilação crítica dos valores culturais em África e no mundo;
6)     Desenvolver a pesquisa, o magistério e a comunicação da cultura nacional e universal;
7)     Fomentar a pesquisa académica, promover e organizar eventos culturais, quais sejam: colóquios, conferências e seminários sobre temas diversos, nas áreas cobertas pela Cátedra;
8)     Identificar e participar nas redes e as rotas de investigação, de ensino, de conhecimento, de enriquecimento, de difusão e de preservação do legado histórico e filosófico de Amílcar Cabral;
9)     Promover a cooperação com outras unidades funcionais e centros de investigação da Uni-CV e/ou com outras instituições afins;
10)  Aprovar e apoiar projectos de investigação científica;
11)  Promover a divulgação do conhecimento científico, através de sites especializados e do apoio à edição;
12)  Promover a prestação de serviços científicos e técnicos especializados, e de consultoria».

Para cumprir, cabalmente, estes objectivos, o Regulamento prevê, no artigo 13º, a seguinte Estrutura:

a)      O Conselho Directivo (formado, nos termos do artigo 14º pelo Director da Cátedra e pelos Coordenadores das Linhas de Investigação e ainda, por dois vogais).

b)     O Conselho Consultivo (formado, nos termos do artigo 17º por 10 a 20 membros, designados, por deliberação do Conselho da Universidade, por proposta do Reitor, de entre docentes e investigadores detentores do grau de doutor ou de mestre, ou ainda de personalidades de reconhecido mérito científico, académico ou profissional, pertencente ou não aos quadros de pessoal da Uni-CV.


Desde que tenha um número de membros superior a 25 membros, a Cátedra terá, obrigatoriamente, uma Assembleia-Geral, órgão deliberativo constituído por todos os membros da CAC-CV, com competência para deliberar sobre os assuntos mais relevantes da vida da Cátedra, designadamente:

1. Planos de Actividades anuais ou plurianuais;
2. Relatório anual de gestão e contas;
3. Alteração do regulamento da CAC-CV;
4. Definição da Agenda de Investigação da Cátedra.

Finalmente, um outro instrumento importante para a instalação  da CAC-CV é a proposta das linhas mestras de um programa indicativo. A curto prazo, a Comissão Instaladora sugere aos futuros órgãos directivos da CAC-CV:
  1. Elaboração do programa anual (2012-2013)
  2. Apresentação do Regulamento junto de algumas entidades nacionais e estrangeiras;
  3. Promoção do concurso para a criação do logotipo da Cátedra;
  4. Seguimento ao programa anual (2012-2013).
Como Proposta Indicativa de Actividades a Médio e Longo Prazos, a Comissão deixa, também, as seguintes sugestões para a Direcção da Cátedra:
1.     Promover e estimular, junto das estruturas académicas da Uni-CV, a formação a investigação, em áreas da cultura e da história caboverdianas; das ciências sociais e humanas, agrárias e ambientais, bem como ainda do legado e pensamento de Amílcar Cabral.

2.     Promover debates, tertúlias, conferências, mesas-redondas, seminários e colóquios sobre as áreas de intervenção da Cátedra.

3.     Celebrar efemérides importantes ligadas à cultura, à história e ao patrono da Cátedra;

4.     Identificar as redes  e as  rotas de investigação, nas  áreas cobertas pela Cátedra e nelas integrar;
  1. Propor a atribuição de prémios académicos (bolsas, publicação, diploma de Doctor Honoris Causa).
  2. Trabalhar no sentido da criação de um Centro Especializado de Documentação sobre a Cultura Caboverdiana e sobre Amílcar Cabral.
  3. Trabalhar no sentido  da criação ou da refundação de uma revista cultural e de sites, para divulgação on line. 
Devo ainda acrescentar que a Comissão sugeriu alguns nomes para sócios fundadores e para sócios honorários. A proposta de sócios fundadores foi aceite e alargada. A de sócios honorários será, sem dúvida, analisada, futuramente, em instância própria.
Senhores Ministros, Magnífico Reitor, Senhoras e Senhores,
Em traços largos, este é o balanço sobre os instrumentos de instalação da Cátedra Amilcar que a Comissão que tenho a honra de presidir preparou e apresentou, a 24 de Setembro próximo passado, ao Magnífico Reitor.    Este, tendo acolhido favoravelmente a proposta da Comissão, submeteu-a à consideração do Conselho da Universidade que, em deliberação (de 18 de Outubro de 2012) aprovou  a criação da Cátedra Amílcar Cabral e o respectivo Regulamento, depois de introduzir alguns melhoramentos.
A Todos muito obrigado
                                                  Manuel Veiga, Ph.D.
             (Presidente da Comissão para a Instalação da Cátedra Amílcar Cabral) 
                                    Praia, aos 21 de Novembro de 2012


[1] VEIGA Manuel, 2005, “Amílcar Cabral e a Interculturalidade”, in Cabral no Cruzamento de Culturas, Actas do II Simpósio Internacional sobre Amílcar Cabral

domingo, 4 de novembro de 2012

Modi ta Fladu na bu Rubera?


Modi ta Fladu na bu Rubera? (Facebook di 4.11.12)

1. Kóre lugar (St). Semiá ondê ke semente ka nassê ô dezaparesê (Barl.). Semear de novo (Pt.).

2. Kóre papel (St.). Trá dokumente (Barl.). Tirar documentos (Pt.).

3. Kurkuti (St.). Fazê rióla (Barl.). Fazer intrigas (Pt.).

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

ÓRA DI PASÁJEN DI TISTIMUNHU!


Na dia 30 di Otubru, sinhor Ministru di Kultura, Dr. Mário Lúcio, enposa Kumison Nasional pa Línguas, un entidadi ki ten pa mison asesora Guvérnu na trasa y na materializa pulítika linguístiku di nos Téra.

Parabens, sinhor Ministru, pa es inisiativa! Dja nu txiga na un fazi ki, sobritudu relasionadu ku nos língua matérnu, ten nisisidadi di nu da un saltu di kualidadi.

Mi tanbe, N ta fase parti di es Kumison. Kantu N rasebe konviti di sinhor Ministu, N tuntunhi, pamodi dja é ténpu di pasa tistimunhu pa jerasons más nobu. Entritantu, alguns amigu konsedja-m pa N sta prezenti, inda ki diskretamenti, pamodi nha kontributu pode ser válidu inda. Kel-li é razon pamodi N seta konviti, mas na sértéza ki nha kontribuison ta ser diskrétu. Na verdadi, ÓRA DJA TXIGA, ÓRA DI PASÁJEN DI TISTIMUNHU pa konpiténsias más jóven y, talvez mesmu, ku más inerjia y más ténpu di konduzi barku pa un bon portu, sen skekese di kaminhu andadu, di vitórias konsigidu, na un luta dizigual, na un kaminhu di txeu spinhu, di txeu skora, di  txeu tirsidjadura, ditxeu pulémika.

É presizu nu ka skese ma oji sa ta papiadu di ofisializason di nos língua, mas ónti ta flada ma el e ka éra língua, ma el ka tinha régras nen gramátika. Oji dja sa ta ensinadu nos kriolu na Uni-CV, na Mérka y na Purtugal, mas ónti ensinu di kriolu éra proibidu. Ónti nu tinha kobadura y tirsidjadura sobri nos kriolu, mas oji senténas di disertason, dizénas di tézis, di ensaius, di livrus di gramátika y di disionáriu, ti mésmu romansis dja skrebedu. Oji ten inda un dekrétu ki aprova alfabétu kabuverdianu, diplomas ki aprova linhas stratéjiku pa afirmason y valorizason di nos kriolu, ô anton ki aprova insentivus pa kriason kultural, na nos língua matérnu.

Dja nu pode da un saltu di kualidadi y es saltu nu ta da-l pamodi Guvérnu sta interesadu, Partidus pulítiku sa ta manifesta abertura kada bês más grandi, jovens dja paixona pa ses língua, akadémikus nasional y stranjeru sa ta invistiga manenti, y Kumison Nasio pa Línguas tene pa frénti un kaminhu ku ménus spinhu, ku más siénsia y  ku más konsiénsia.

N ta dizeja bon trabadju pa Kumison Nasional pa Línguas y ta fika konpromisu di nha kolaborason, sénpri ki nisisáriu y útil. Si Óra di Pasájen di Tistimunhu dja Txiga, nu pode fla tanbe ma dja sta na óra di nu da un saltu di kualidadi. É mesmu gósi, pamodi «DJA KA TA DISDJA», y Kabuverdi prende y dja el da prova ma anda é pa frénti, sen skese di odja pa tras y di pensa na FUTURU.