terça-feira, 28 de maio de 2013

MIA COUTO ganha Prémio Camões

Acabo e receber a agradável notícia de que o Mia Couto foi galardoado com o PRÉMIO CAMÕES. Parabéns meu caro! A tua distinção honra a lusofonia em África e no mundo. Quem escreve e fala do que sabe, como é o teu caso, não corre o risco de dizer asneira e, mais cedo ou mais tarde, acaba por ser reconhecido. O teu exemplo deveria fazer escola, particularmente, aqui no "jardim das Hespérides".

domingo, 26 de maio de 2013

Declaração de voto


Como tive a oportunidade de dizer à senhora Presidente da Comissão Nacional para as Línguas, o Fórum foi um espaço de debate interactivo muito importante e muito útil, no processo que, certamente, conduzirá, mais cedo ou mais tarde, à oficialização da língua caboverdiana.

Eu votei a proposta que diz: “São línguas oficiais de Cabo Verde, o crioulo, língua cabo-verdiana, e o português”.

Não tive tempo de fazer a minha declaração de voto e, por isso, faço-o agora:

 

1.      Não sou contra a primeira proposta que parece mais leve e menos redundante.

2.      Porém, há que ter em conta que é melhor que a lei seja redundante e clara, do que poética e susceptível a alguma ambiguidade.

3.      A 2ª proposta é clara e, sociolinguisticamente, muito mais abrangente. Dá assento constitucional tanto ao crioulo como à língua caboverdiana. Além disso, tira argumento, de forma explícita, aos que desinformados ou mal intencionados dizem que o crioulo não é língua. Além disso, se falamos o crioulo caboverdiano ou a língua caboverdiana, é absolutamente razoável que as duas expressões tenham assento constitucional.
4.      Daí o meu voto

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Apresentação em Lisboa do Dicionário Caboverdiano-Português

Obrigado Assoociação Caboverdiana de Lisboa e seu presidente Dr. Mário Carvalho pela oportunidade que me deram para apresentar o meu dicionário no chão de uma Lisboa crioula. Agradeço, também, a apresentadora, a minha amiga Ana Josefa Cardoso e ainda o meu grande amigo, o Dr. Jose Luis Hopffer Almada que tudo fez para que a efeméride acontecesse.
Foto
Sessão de apresentação pública do DICIONÁRIO CABOVERDIANO-PORTUGUÊS, do Professor Doutor Manuel Veiga, a cargo da Dra Ana Josefa Cardoso, linguista e professora do ensino bilingue português-caboverdiano. A sessão de apresentação pública da obra teve lugar nas instalações da ACV sitas na Rua Duque de Palmela, nº 2, 8º andar, no dia 21 do mês de Fevereiro, Dia Internacional das Línguas Maternas.

sábado, 18 de maio de 2013

Por um Bilinguismo Efectivo: a Oficialização da Língua Caboverdiana



Terminou hoje, dia 18.5.2013, o Fórum em epígrafe. Foi uma jornada interessante de debate, de análise e de conclusões importantes. Uma das conclusões históricas desse Fórum diz respeito à proposta de explicitação do artigo 9º da Constituição da República, cuja redacção suscitava alguma ambiguidade.

Nessa explicitação, houve quem pense que eram fundamentais: a constitucionalização do bilinguismo caboverdiano e o assento constitucional tanto do Crioulo Caboverdiano, como da Língua Caboverdiana, já que são dois conceitos que correspondem plenamente ao nosso “ser linguístico” em Cabo Verde.

O problema era encontrar uma forma que tivesse a leveza poética, mas também a abrangência sociolinguística.
Assim surgiram duas propostas, uma com a leveza poética, mas sem abrangência sociolinguística  e que diz  1. “São Línguas oficiais de Cabo Verde: o Crioulo Caboverdiano e o Português”. A outra proposta, sem a leveza poética, mas com a pertinência sociolinguística, onde tanto o Crioulo como a Língua Caboverdiana passam a ter assento constitucional, e que diz”: São línguas oficiais de Cabo Verde o Crioulo, Língua Caboverdiana, e o Português”.

O legislador saberá encontrar a melhor forma. O arigo prossegue:

2.” O Estado criará as condições para a construção progressiva de uma real paridade entre as duas línguas oficiais”.

3. “Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e o direito de usá-las”.

Ainda que seja só pela proposta de explicitação desse artigo 9º, terá valido a pena o Fórum organizado pelo Parlamento Caboverdiano e  pelo Ministério da Cultura, através, respectivamente, da Comissão Parlamentar Especializada de Educação, Ciência e Cultura e da Comissão Nacional Caboverdiana para as Línguas.

sábado, 4 de maio de 2013

Uzu di Diakrítiku

Sobri uzu di diakrítikus na kriolu, N ruspondi un interpelason di Marciano Moreira ku es observason-li:

Prezadu Marciano: Uzu di diakrítiku na kriolu ten pertinénsia ( é más korétu fla diakrítiku pamodi tudu palavra ten si asentu tóniku, mésmu ki ka splísitu). Es pertinénsia nu ta verifika-l na izisténsia di paris mínimu sima: pa/pá; ku/kú; ta/ tá (na Barlavéntu). Es pertinénsia nu ta atxa-l inda... na distinson di palvras sima: mama/mamá; papa/papá; pais/país; seti/séti; konta/kónta; ponta/pónta; fala/ falá; dansa/dansá; kezinha/kezinhá. Linguístikamenti, uzu di diakrítiku é un "escolha pertinente". Na linguístika, "pertinénsia" é un régra di oru. Aliás, é "pertinénsia"ki ta fase alfabétu fonolójiku ser más akonselhável ki alfabétu di bazi etimolójiku. Na es aspétu, tudu linguísta sta ô debe sta di akordu. Kel-li é un argumentu sufisienti pamodi nu uza diakrítiku. Nu meste fla inda ma, na txeu aspétu, diakrítiku ta djuda-nu diskubri faxi, sílaba tóniku y si naturéza vokáliku. Entritantu, nu meste pondera tudu vantájen y tudu disvantájen ki ten na uzu di diakrítiku. Y kel-li ka pode razulta di opinion di A ô di B. Ten ki ser frutu di un trabdju di invistigason undi debe fika klaru pézu di vantájen y pézu di disvantájen. Ti la, nu dexa ken ki ta uza diakrítiku ku régras y nórmas (splísitu) fase, livrimenti, es uzu. Y ken tanbe ki ka ta uza diakrítiku ser livri di ka uza-l. Padronizason di skrita, un dia, ta ben indikadi midjór kaminhu. Y na es padronizason, nu ka meste ten présa.