CRIOULO PATRIMÓNIO – Prosta de uma possível AGENDA
Impõe-se agora um
conjunto de medidadas para que o diploma não fique letra morta. Na minha
modesta opinião, a definição e materialização de uma AGENDA para CRIOULO-PATRIMÓNIO
seria de todo desejável. A mesma, abarcaria três frentes: Cultura, Educação,
Cidadania.
Na frente cultural, o
protagonismo seria do Ministério da Cultura em estreita colaboração com as
Câmaras Municipais. Há que apoiar a investigação (de todas as variantes),
incentivar o seu uso em toda as expressões artísticas, incentivar a
criatividade em todas as variantes, apoiar a tradução para crioulo de obras
significativas. Aliás, o Ministro Abrão Vicente vançou já importantes medidas a
serem implementadas, pelo Órgão que dirige, no encontro havido, na ocasião, com
a comunicação social.
No Campo da Educação, o
protagonismo seria do Mistério da Educação. Conviria que o ensino do crioulo
passasse a ser um campo de atuação desse Ministério. Há que começar com a
criação de um Gabinete de Estudos par equacionar o problema, ver o que é
necessária fazer, o que é possível fazer-se a curto, medio e longo prazos. A
curto prazo, é urgente a formação de professores para os diversos níveis. Acredito
que para os níveis básico e secundário, qualquer professor de línguas que fala
o crioulo, com um estágio de três meses ficaria apto para a docência. A
elaboração de material didático é outra prioridade. Para tal e por pragmatismo,
deve-se tomar por base duas das variedades inter-regionais (a de Santigo e a de
S. Vicente, que são usadas, compreendidas e aceites em mais do que uma ilha). A
base tomada deve ser enriquecidada com tudo o que é pertinente e representaivo
das outras variantes. Em cada ilha deve-se começar com o ensino piloto em duas
ou três estabelecimentos. O magistério oral começa com a variante local e, logo
depois, há que estabelecer a ponte com a ou as variedades inter-regionais. Este
procedimento será um chão fértil para a germinação da padronização que será
sempre um processo, uma caminhada, e nunca um projeto acabado.
A Cidadania Ativa, pelo seu lado, terá um papel de extrema importância na materialização da Agenda pretendida. O Crioulo, como elemento mais representativo da nossa identidade, aquele que está em convívio matrimonial com todas as outras formas de expressão e de comunicação do nosso povo, deve contar com o designio nacional para a sua afirmação e valorização. Por isso, cada cidadão, de acordo com as suas reais possibilidades, deve investir no crioulo-património, falando, escrevendo, estudando, investigando, promovendo a criatividade, nas mais diversas formas do saber, do conhecimento e de expressão artístico-cultural. Dessa cidadania ativa, seguramente, acontecerá a tão desejada padronização.
A Cidadania Ativa, pelo seu lado, terá um papel de extrema importância na materialização da Agenda pretendida. O Crioulo, como elemento mais representativo da nossa identidade, aquele que está em convívio matrimonial com todas as outras formas de expressão e de comunicação do nosso povo, deve contar com o designio nacional para a sua afirmação e valorização. Por isso, cada cidadão, de acordo com as suas reais possibilidades, deve investir no crioulo-património, falando, escrevendo, estudando, investigando, promovendo a criatividade, nas mais diversas formas do saber, do conhecimento e de expressão artístico-cultural. Dessa cidadania ativa, seguramente, acontecerá a tão desejada padronização.
Sem comentários:
Enviar um comentário