domingo, 4 de maio de 2014
sábado, 3 de maio de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
PIRES e O Compromisso com Cabo Verde
Pires e o COMPROMISSO COM CABO VERDE, através do trabalho, da afectividade, do respeito, do reconhecimento e da magnanimidade.
Ontem, fui ao lançamento de O MEU COMPROMISSO COM CABO VERDE, no quadro do 80º aniversário de Pedro Pires. Considero que foi um momento de elevação da nossa história. Cabo Verde se orgulha de ter um filho com esta estatura moral, intelectual e política. Sempre admirei o Pires, mas não sabia que também ele nutria uma certa admiração para com a minha pessoa.
Hoje, logo pela manhã, alguém telefonou-me a dizer se tinha lido, no número 347 de A Nação, a declaração do Comandante, a meu respeito. Não tinha lido, ainda. Senti-me deveras recompensado. Já tinha experimentado essa recompensa pela condecoração com a ordem do Vulcão que ele me atribuiu em Julho de 2009 e, ainda, pelas declarações feitas quando deixei de exercer a pasta da Cultura (ver PIRES 2014:174, O Meu Compromisso com Cabo Verde, vol. II).
Eu que nunca disse o que pensava de Pires, hoje sinto a obrigação moral de o fazer, não por simples obrigação mas sobretudo pela necessidade imperiosa de manifestar-lhe o meu reconhecimento.
Pires é, para mim, uma pessoa referência, um homem de palavra e de causas, um amigo discreto, mas presente. Profissionalmente, ele nunca foi o meu chefe directo. Mas, como Primeiro-Ministro e como Presidente da República, tinha que ser, ainda que indirectamente, o meu chefe. Acreditem que o meu relacionamento com ele nunca foi de subordinação. Nunca cheguei a ver nele um chefe autoritário, cego pela arrogância do poder. Pelo contrário, O que me impressionava e impressiona ainda é a sua aura de afectividade, de respeito, de reconhecimento e de estímulo. Mais do que um chefe, ele é um companheiro que não ignora um conselho amigo e frontal, sempre que necessário, mas também sempre com respeito pela pessoa humana.
Obrigado meu COMANDANTE por me ter ensinado que a grandeza não está nos galões, mas sobretudo no valor do trabalho, na afectividade, no respeito, no reconhecimento e na magnanimidade.
A hombridade manda-me dizer que nas eleições presidenciais de 2001 não votei nele na primeira volta porque ele não se manifestou logo e, como homem de palavra, tive que honrar o meu compromisso com uma outra candidatura. Na segunda volta, não só fiz campanha a seu favor como votei nele. Esta minha atitude, curiosamente, não foi censurada, em momento nenhum pelo Pedro Pires. Porém, alguns companheiros da mesma trincheira que eu não aprovaram a minha atitude e, sem sucesso, tentaram criar-me alguns problemas.
Para mim, esta foi mais uma prova de magnanimidade de Pires. Obrigado, meu COMANDANTE.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
O Professor e os Desafios da Construção do Bilinguismo
O Professor e os Desafios da Construção do Bilinguismo
Hoje, 23 de Abril, é dia do Professor Caboverdiano. Na vida, já fiz muita coisa: técnico, director e presidente, em diversas áreas da cultura; deputado; ministro e profesor-investigador.
Devo confessar que ser professor-investigador é onde me sinto melhor realizado, porque o compromisso com o saber e com o magistério é das melhores opções que se pode ter na vida.
Por isso, no dia em que se celebra o Dia do Professor Caboverdiano, quero agradecer a Deus por me ter dado o dom e o gosto de ensinar. Manifestar o meu grande reconhecimento para com: a Universidade de Cabo Verde, por me ter dado a oportunidade de exercer o magistério da minha língua materna; os alunos que me interpelam e me lançam, em todas as aulas, o desafio da ciência e do conhecimento, em matéria de crioulística; os meus colegas professorem que me dão a garantia de uma jornada solidária e de empatia partilhada.
Nesta data especial, desejo a todos os que fizeram do magistério um compromisso com a ciência e com o saber uma celebração de compromisso, de engajamento e de empatia com o desafio da ciência e do conhecimento.
O meu presente aos professores e ao sistema Uni-CV será uma palestra a ser proferida amanhã, dia 24 de Abril, no Campus do Palmarejo, sobre “O Professor e os desafios da Construção do Bilinguismo”. Abordarei as seguintes questões: O Português como Espaço Aberto; O Caboverdiano como Espaço Identitário; Os Desafios do Ensino do Caboverdiano, num Contexto de Variantes e de Variedades; A Responsabilidade dos Docentes-Investigadores na Construção de um Real Bilinguismo.
A todos dirijo um especial convite.
sexta-feira, 28 de março de 2014
A todos e todas peço que aceitem esta forma colectiva de os agradecer, não apenas com a força das palavras, mas sobretudo com a grandeza do meu CORAÇÃO:
Ontem, 27 de Março foi um dia especial para mim, por dois motivos. Foi o Dia das Mulheres de Cabo Verde e foi a data que completei mais um ano de vida. Alegro-me de, como Director da Cátedra Amílcar Cabral, ter realizado, juntamente com outros membros da Direcção, uma Tertúlia sobre “A Questão do Género em Amílcar Cabral, com a animação das Doutoras Crispina Gomes e Eurídice Monteiro. O Auditório do Campus de Palmarejo ficou repleto, a rebentar pelas costuras. Alunas, alunos, docentes e Combatentes da Liberdade da Pátria marcaram presença activa. Em nome da Cátedra, da Uni-CV e das Mulheres de Cabo Verde, queria agradecer a todos.
Também o dia 27 de Março registou mais um aniversário natalício meu. Foi surpreendente o número de amigos que se juntaram a mim, através do telefone, do e-mail e do Facebook para um “parabéns a você”. Só no Facebook, na minha cronologia, mais de duas centenas de amigos me formularam votos de sucesso e de saúde e isto sem contar os votos que entraram via mensagens privadas.
A todos queria agradecer e dizer-lhes o quão importante foi para mim o seu gesto e carinho. Na verdade, hoje, atingi uma dimensão que tem em muito boa conta a relação entre o EU e o OUTRO. Em mim, essa relação cresce a cada dia que passa. A cumplicidade e a interdependência entre essas duas entidades, em mim, atingiram uma dimensão significativa. Daí que os votos formulados me fizeram crescer, ainda mais, nessa azágua do dar e receber. É por isso que, a todos, penhoradamente, agradeço. Tendo em conta o número de amigos que a mim se juntaram na celebração do dia, não poderei personalizar os agradecimentos. A todos e todas peço que aceitem esta forma colectiva de os agradecer, não apenas com a força das palavras, mas sobretudo com a grandeza do meu CORAÇÃO (28.3.2014).
segunda-feira, 24 de março de 2014
Um ramalhete de estima, de reconhecimento e de respeito para as mulheres da Uni-CV
Caríssimos Membros da Cátedra Amílcar Cabral
Caríssimos Membros do Sistema Uni-CV,
Em Cabo Verde, as MULHERES têm estado a marcar a agenda de transformação do País. Na Uni-CV, o lugar que a mulher vem ocupando é cada vez mais significativo: temos uma direcção marcadamente feminina; a percentagem das alunas-estudantes ultrapassa, de longe, a dos alunos-estudantes; não tenho dados, mas a percentagem das docentes e funcionárias, na Uni-CV parece ultrapassar a dos docentes e funcionários.
Não há razões para alarmismos, mas há que diagnosticar as causas. De uma coisa estamos certos: o esforço das mulheres começa a colher os frutos.
A Cátedra Amílcar, no âmbito do Dia 27 de Março, pretende oferecer “um ramalhete de estima, de reconhecimento e de respeito” para as mulheres da Uni-CV, em particular, e para a mulher caboverdiana, em geral. Com efeito, a mulher, como nossa mãe, esposa, filha, aluna, colega de trabalho e amiga, merece o melhor de nós homens, pelo companheirismo, pela dedicação, pelo respeito e pela agenda de transformação que ela vem marcando.
O ramalhete acima referido terá o formato e o perfume de uma tertúlia sobre “A Questão do Género em Amílcar Cabral” e a questão do género para os homens e mulheres da Uni-CV.
Na primeira parte, teremos como animadora a Doutora Crispina Gomes e como debatedora a Prof. Doutora Eurídice Monteiro. Na segunda parte, essencialmente consagrada ao debate terá, também, a moderação da Doutora Eurídice Monteiro.
A tertúlia terá lugar na próxima quinta-feira, dia 27 de Março, no Auditório do Campus de Palmarejo, das 16-18 horas.
Venham todas e todos dar forma e conteúdo a esse “RAMALHETE ESPECIAL que queremos oferecer às nossas crioulas. Tragam os vossos alunos e alunas, os vossos amigos e amigas. As crioulas, pela sua coragem e determinação merecem este e os restantes dias da semana. Se comungam das ideias acima expendidas, venham demonstrá-las na TERTÚLIA do DIA 27 de Março.
quarta-feira, 5 de março de 2014
KRIOLU KA TA DA PA SKREBE UN "TRATADO"
N sa ta volta di un almosu di Sinza, na kaza di nha mana ki N krê rai di txeu, undi, pa alén di trotxida y kuskús ku mel, statutu di kriolu, tanbe, marka un prezénsa fórti. Na es almosu, un konvidadu di familha fla, katigorikamenti, ma kriolu ka ta sirbi nin pa skrebe, nin pa traduzi un “tratado”. N fla-l: si nho nhu ta pâpia y N ta konprende, y mi N ta pâpia y nhu ta konprende-m, pamodi ki nos kriolu ka ta da pa skrebe y pa traduzi un “tratado”? El rusponde-m ma kriolu ka ten rekursus linguístiku pa kel-la. N tenta dimonstra-l ma rekursus si ka ten ta kriadu, ô ta enprestadu, sima oji, na dumíniu informátiku, txeu termu ô spreson, na txeu língua, ta ben di inglês. Nha interlokutor, profundamenti konvensidu ma razon staba di si ladu, el ka konkorda ku mi.
Es puzison-li fase-m lenbra Étienne Dolet, sitadu pa George Monin, na Histoire de la Linguistique, PUF, 1974, p. 112, ki na 1540, el ta flaba ma tudu língua di Europa “sont des langues non réduites en art”. Na altura, únikus líhgua ki ta sirbiba pa arti , pa filozofia y pa siénsia éra latin ô gregu. Mounin, inda, ta fla ma na séklu XVIII padri Gédoyn skrebe: “Traduire c’est mettre en langue vulgaire un auteur ancien, soit grec, soit latin”.
N ta verifika ma puzison di nha interlokutor, na es almosu di Sinza, é igual ku puzison di Étienne Dolet na 1540 y ku kel di “ l’ábbé Gédoyn”, na séklu XVIII.
Si nu fika paradu na ténpu, ta fla ma kriolu ka ta sirbi pa dumínius di siénsia y di téknika, nos y nos língua, nu ta fika paradu na ténpu, tanbe. Si línguas di Európa é oji u-ki es é, é pamodi es ka fika paradu na ténpu. Kriolu tanbe ka pode fika paradu na ténpu. É pamodi kel-li ki nu krê difende-l y valoriza-l. Ken ki oji ta txoma-nu di dodu, pamodi es ta atxa ma es ki sta más avansadu, manhan es ki ta fika na lugar di Ken ki ka ten nen vison, nen anbison, dianti di ilimentu más fórti y más konplétu di nos kriolidadi (ô, si nhos krê, di nos identidadi).
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