quarta-feira, 23 de abril de 2014
O Professor e os Desafios da Construção do Bilinguismo
O Professor e os Desafios da Construção do Bilinguismo
Hoje, 23 de Abril, é dia do Professor Caboverdiano. Na vida, já fiz muita coisa: técnico, director e presidente, em diversas áreas da cultura; deputado; ministro e profesor-investigador.
Devo confessar que ser professor-investigador é onde me sinto melhor realizado, porque o compromisso com o saber e com o magistério é das melhores opções que se pode ter na vida.
Por isso, no dia em que se celebra o Dia do Professor Caboverdiano, quero agradecer a Deus por me ter dado o dom e o gosto de ensinar. Manifestar o meu grande reconhecimento para com: a Universidade de Cabo Verde, por me ter dado a oportunidade de exercer o magistério da minha língua materna; os alunos que me interpelam e me lançam, em todas as aulas, o desafio da ciência e do conhecimento, em matéria de crioulística; os meus colegas professorem que me dão a garantia de uma jornada solidária e de empatia partilhada.
Nesta data especial, desejo a todos os que fizeram do magistério um compromisso com a ciência e com o saber uma celebração de compromisso, de engajamento e de empatia com o desafio da ciência e do conhecimento.
O meu presente aos professores e ao sistema Uni-CV será uma palestra a ser proferida amanhã, dia 24 de Abril, no Campus do Palmarejo, sobre “O Professor e os desafios da Construção do Bilinguismo”. Abordarei as seguintes questões: O Português como Espaço Aberto; O Caboverdiano como Espaço Identitário; Os Desafios do Ensino do Caboverdiano, num Contexto de Variantes e de Variedades; A Responsabilidade dos Docentes-Investigadores na Construção de um Real Bilinguismo.
A todos dirijo um especial convite.
sexta-feira, 28 de março de 2014
A todos e todas peço que aceitem esta forma colectiva de os agradecer, não apenas com a força das palavras, mas sobretudo com a grandeza do meu CORAÇÃO:
Ontem, 27 de Março foi um dia especial para mim, por dois motivos. Foi o Dia das Mulheres de Cabo Verde e foi a data que completei mais um ano de vida. Alegro-me de, como Director da Cátedra Amílcar Cabral, ter realizado, juntamente com outros membros da Direcção, uma Tertúlia sobre “A Questão do Género em Amílcar Cabral, com a animação das Doutoras Crispina Gomes e Eurídice Monteiro. O Auditório do Campus de Palmarejo ficou repleto, a rebentar pelas costuras. Alunas, alunos, docentes e Combatentes da Liberdade da Pátria marcaram presença activa. Em nome da Cátedra, da Uni-CV e das Mulheres de Cabo Verde, queria agradecer a todos.
Também o dia 27 de Março registou mais um aniversário natalício meu. Foi surpreendente o número de amigos que se juntaram a mim, através do telefone, do e-mail e do Facebook para um “parabéns a você”. Só no Facebook, na minha cronologia, mais de duas centenas de amigos me formularam votos de sucesso e de saúde e isto sem contar os votos que entraram via mensagens privadas.
A todos queria agradecer e dizer-lhes o quão importante foi para mim o seu gesto e carinho. Na verdade, hoje, atingi uma dimensão que tem em muito boa conta a relação entre o EU e o OUTRO. Em mim, essa relação cresce a cada dia que passa. A cumplicidade e a interdependência entre essas duas entidades, em mim, atingiram uma dimensão significativa. Daí que os votos formulados me fizeram crescer, ainda mais, nessa azágua do dar e receber. É por isso que, a todos, penhoradamente, agradeço. Tendo em conta o número de amigos que a mim se juntaram na celebração do dia, não poderei personalizar os agradecimentos. A todos e todas peço que aceitem esta forma colectiva de os agradecer, não apenas com a força das palavras, mas sobretudo com a grandeza do meu CORAÇÃO (28.3.2014).
segunda-feira, 24 de março de 2014
Um ramalhete de estima, de reconhecimento e de respeito para as mulheres da Uni-CV
Caríssimos Membros da Cátedra Amílcar Cabral
Caríssimos Membros do Sistema Uni-CV,
Em Cabo Verde, as MULHERES têm estado a marcar a agenda de transformação do País. Na Uni-CV, o lugar que a mulher vem ocupando é cada vez mais significativo: temos uma direcção marcadamente feminina; a percentagem das alunas-estudantes ultrapassa, de longe, a dos alunos-estudantes; não tenho dados, mas a percentagem das docentes e funcionárias, na Uni-CV parece ultrapassar a dos docentes e funcionários.
Não há razões para alarmismos, mas há que diagnosticar as causas. De uma coisa estamos certos: o esforço das mulheres começa a colher os frutos.
A Cátedra Amílcar, no âmbito do Dia 27 de Março, pretende oferecer “um ramalhete de estima, de reconhecimento e de respeito” para as mulheres da Uni-CV, em particular, e para a mulher caboverdiana, em geral. Com efeito, a mulher, como nossa mãe, esposa, filha, aluna, colega de trabalho e amiga, merece o melhor de nós homens, pelo companheirismo, pela dedicação, pelo respeito e pela agenda de transformação que ela vem marcando.
O ramalhete acima referido terá o formato e o perfume de uma tertúlia sobre “A Questão do Género em Amílcar Cabral” e a questão do género para os homens e mulheres da Uni-CV.
Na primeira parte, teremos como animadora a Doutora Crispina Gomes e como debatedora a Prof. Doutora Eurídice Monteiro. Na segunda parte, essencialmente consagrada ao debate terá, também, a moderação da Doutora Eurídice Monteiro.
A tertúlia terá lugar na próxima quinta-feira, dia 27 de Março, no Auditório do Campus de Palmarejo, das 16-18 horas.
Venham todas e todos dar forma e conteúdo a esse “RAMALHETE ESPECIAL que queremos oferecer às nossas crioulas. Tragam os vossos alunos e alunas, os vossos amigos e amigas. As crioulas, pela sua coragem e determinação merecem este e os restantes dias da semana. Se comungam das ideias acima expendidas, venham demonstrá-las na TERTÚLIA do DIA 27 de Março.
quarta-feira, 5 de março de 2014
KRIOLU KA TA DA PA SKREBE UN "TRATADO"
N sa ta volta di un almosu di Sinza, na kaza di nha mana ki N krê rai di txeu, undi, pa alén di trotxida y kuskús ku mel, statutu di kriolu, tanbe, marka un prezénsa fórti. Na es almosu, un konvidadu di familha fla, katigorikamenti, ma kriolu ka ta sirbi nin pa skrebe, nin pa traduzi un “tratado”. N fla-l: si nho nhu ta pâpia y N ta konprende, y mi N ta pâpia y nhu ta konprende-m, pamodi ki nos kriolu ka ta da pa skrebe y pa traduzi un “tratado”? El rusponde-m ma kriolu ka ten rekursus linguístiku pa kel-la. N tenta dimonstra-l ma rekursus si ka ten ta kriadu, ô ta enprestadu, sima oji, na dumíniu informátiku, txeu termu ô spreson, na txeu língua, ta ben di inglês. Nha interlokutor, profundamenti konvensidu ma razon staba di si ladu, el ka konkorda ku mi.
Es puzison-li fase-m lenbra Étienne Dolet, sitadu pa George Monin, na Histoire de la Linguistique, PUF, 1974, p. 112, ki na 1540, el ta flaba ma tudu língua di Europa “sont des langues non réduites en art”. Na altura, únikus líhgua ki ta sirbiba pa arti , pa filozofia y pa siénsia éra latin ô gregu. Mounin, inda, ta fla ma na séklu XVIII padri Gédoyn skrebe: “Traduire c’est mettre en langue vulgaire un auteur ancien, soit grec, soit latin”.
N ta verifika ma puzison di nha interlokutor, na es almosu di Sinza, é igual ku puzison di Étienne Dolet na 1540 y ku kel di “ l’ábbé Gédoyn”, na séklu XVIII.
Si nu fika paradu na ténpu, ta fla ma kriolu ka ta sirbi pa dumínius di siénsia y di téknika, nos y nos língua, nu ta fika paradu na ténpu, tanbe. Si línguas di Európa é oji u-ki es é, é pamodi es ka fika paradu na ténpu. Kriolu tanbe ka pode fika paradu na ténpu. É pamodi kel-li ki nu krê difende-l y valoriza-l. Ken ki oji ta txoma-nu di dodu, pamodi es ta atxa ma es ki sta más avansadu, manhan es ki ta fika na lugar di Ken ki ka ten nen vison, nen anbison, dianti di ilimentu más fórti y más konplétu di nos kriolidadi (ô, si nhos krê, di nos identidadi).
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Como Traduzir o Português “Culto” para o Crioulo “Culto” e Genuíno?
A natureza do crioulo é híbrida. Um hibridismo que no dizer de Gabriel Mariano não é uma justaposição, mas uma harmonização. O crioulo caboverdiano é mesmo isso: o resultado da interpenetração do mundo africano com mundo lusitano, no aspecto étnico, cultural e linguístico. A essência do crioulo, ab initio, está na harmonização destes dois mundos. Hoje, o crioulo abriu também as portas para os contributos da “Nação Global” espalhada pelo mundo, porém, no aspecto linguístico, o contributo da língua portuguesa ocupa o primeiro plano.
Segundo alguns estudiosos, Baltasar Lopes em particular (1957), “... o tesouro lexical é na sua quase totalidade português”. Isto é um facto inegável. E se tentarmos excluir as palavras ou vocábulos de origem portuguesa, a comunicação deixaria de existir. Então, onde está a originalidade do crioulo?
Temos que convir que a língua não é o seu tesouro lexical. O que caracteriza uma língua, em primeiro lugar, é a sua gramática. Só em segundo lugar é que entra o seu tesouro lexical
Hoje sabemos que a gramática do crioulo tem uma origem africana e uma reconstrução local. A especificidade do crioulo esta nessas duas componentes: a origem africana e a reconstrução local. Mesmo no tesouro lexical, o material provindo do português, na sua esmagadora maioria, recebeu em Cabo Verde uma “alma nova”, na expressão do linguista alemão Jürgen Lang, aquilo que eu chamaria um “core meaning” próprio.
Assim, na tradução, a maior atenção deve ir para gramática e só em segundo lugar para o léxico. Vejamos algumas especificidades gramaticais do crioulo:
1.Na morfologia do género, só os seres animados é que dão conta de formas próprias para o masculino e para o feminino. Os inanimados são neutros: “pórta branku, mudjer bunita, ómi bunitu”. Contrariamente, em português, o género existe tanto para os seres animados como para os inanimados: “porta branca, mulher bonita, homem bonito.
2.Na morfologia do número (singular e plural), o crioulo é uma língua altamente económica, não permitindo redundâncias desnecessárias. Assim, utiliza apenas uma marca do número que pode ser um quantitativo, ou as desinências “s” e “is”. Ex: dôs amigu; txeu kabra, mudjeris di Kabuverdi; ómis di Kabuverdi”. Em português pode haver mais do que uma marca do número: “dois amigos; muitas cabras, mulheres de Cabo Verde, homens de Cabo Verde.
Quando o plural vem expresso num determinante, o determinado não leva o plural: “nhas amigu”ses amigu”. Em português, a marca do plural vem tanto no determinante como no determinado: “os meus amigos; os seus amigos”.
Também quando a marca do plural vem expressa no substantivo, o adjectivo que o determina não a traz, contrariamente o que se passa em português. Ex: “amigus intilijenti”/ “amigos inteligentes”.
3.Na morfologia dos verbos regulares não existem flexões. O crioulo utiliza marcadores ou actualizadores verbais que dão conto do tempo, do modo e dos aspectos verbais (cf. Manuel Veiga, O Caboverdiano em 45 Lições ou Introdução à Gramática do Crioulo). Ex: N kume, nu kume, N ta kume, nu ta kume, N kumeba, nhos kumeba, es sa ta kume...”. Em potuguês: comi, comemos, como, comemos, tinha comido, tínheis comido, estão a comer”.
4.Na sintaxe há alguma aproximação com o português, mas há também especificidades próprias do crioulo. No crioulo, o sujeito é obrigatório; em português é facultativo: “N ta trabadja”/ trabalho ou eu trabalho.
Em português na ordem de hierarquização dos elementos morfológicos, temos, normalmente, sujeito, predicado, complemento directo e complemento indirecto. No crioulo, algumas vezes, o complemento indirecto do português transforma-se em complemento directo e vem em primeiro lugar: “Dei uma casa ao João”/ “N da Djon un kaza”.
5.Na forma passiva, o português utiliza as formas do verbo auxiliar “ser”com o particípio passado do verbo principal. No crioulo, habitualmente não se usa as formas do verbo auxiliar. Ex: “Um livro foi escrito pelo João”/ “un livru skebedu pa Djon”. No crioulo, ainda, a construção pode tomar forma relativa: “un livru ki Djon skrebe”.
6.No português, o emprego do artigo é obrigatório. No crioulo o artigo não existe, salvo o indefinido “un” e, raramente, o definido “kel”. Ex: “A minha casa”/ “Nha kaza”; “o homem que vi”/ “kel ómi ki N odja”.
7.Especificidade no emprego das “regências nominais e verbais”. A regência do português raramente se confunde com a do crioulo. Podemos até dizer que, na regência, o crioulo se demarca do português, afigurando-se como uma das grandes manifestações da sua especificidade. Exemplos: “ir à missa / bai misa; rico em vitamina/riku di vitamina; no ano passado/ na anu pasadu; dreito a esclarecimento/ direitu di sklarisimentu; rumo ao Fogo/ róstu pa Fogu; exigir que/ iziji pa; acho que/ N ta atxa ma...”.
Na tradução, é sobretudo na especificidade gramatical e na reconstrução do “core meaning” local que devemos dar maior atenção. O léxico, quer queiramos ou não, na sua maioria expressiva veio e continuará a vir do português. Querendo nós um crioulo genuíno, a aposta, sem descartar o “core meaning” e a reconstrução local, tem que ser na especificidade gramatical.
Tenho verificado que alguns defensores do crioulo se tem enfeudado na especificidade lexical do crioulo, esquecendo, que a maior especificidade do crioulo está na sua gramática e sintaxe.
Espero ter dado resposta aos que mostram algum desconforto com a tradução que faço, não pela observância estrita da especificidade gramatical que faço, mas pelo léxico que utilizo. Imaginem o que seria do português e de todas as línguas latinas se se resolver excluir dessas línguas todo o tesouro lexical que receberam do latim e do grego! O mesmo aconteceria se excluirmos do crioulo o manancial do léxico proveniente do português.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Mantxuadu na Kriolu/Karaptidu na nos Língua
Facebook di 21 di Fevereiru, Dia Internasional di Língua Matérnu
Mantxuadu na Kriolu/Karapatidu na nos Língua
Na Dia Internasional di Língua Matérnu, N krê spresa nha sentimentu di gratidon pa nha povu ki lega-m, di grasa, un língua ki é un “lóka” di rikéza y un monumentu di sabedoria, na planu di kumunikason y di supórti di nos mundivivénsia.
Korpu kustuma ta gurgunhi-m óki, pur izénplu, N ta analiza rikéza y konpleksidadi di strutura verbal na kriolu, ô, anton, ekonomia y pertinénsia linguístiku na kanpu morfolójiku di nos língua.
Kriolu é un diamanti ki ka sta inda tudu lapidadu pamodi txeu di si rikéza sta sukundidu ô diskonhisidu pa un párti signifikativu di nos gentis. Nu ta veifika ma txeu gentis, inda, sta ofuskadu ku lus di purtugês, es ka krê ô es ka sa ta pode odja lus di kriolu. É un verdadi ma tudu dôs língua é di-nos, y ninun ka debe okupa lugar di kelotu, nen “inxorá”, “rusgá” ô “manhentá” un lugar di fórma skluzivu.
Trinta y oitu anu dipôs di Indipendénsia, prusésu di afirmason di kriolu ganha txeu, mas nu tene inda txeu kaminhu pa frénti. Es kaminhu, nu debe anda-l tudu djuntu, kada un na si rénki.
Oji, krioulu ta ensinadu na Uni-CV; sa ta funsiona dôs skóla pilotu, un na sidadi y otu na kanpu; ten dizénas di trabadjus di invistigason konkluídu y en kursu; rasentimenti, oitu studantis tirmina mestradu na kriolístika y língua kabuverdianu y séti otus tirmina pós-graduason na mésmu kursu; tézis, ensaius, gramátikas, disionárius, romansis, livrus di poezia dja publikadu ô sta na prélu; ten más artigus, prugramas y notisiárius na kumunisaon sosial; na adiministrason públiku, y na oralidadi, kriolu ta konvive ku purtugês, enbóra partikularmenti na oralidadi; dja traduzidu pártis signifikativu di Bíblia y dja fasedu filmi na variedadis di Santiagu y di S. Visenti; stabilisedu anu di língua matérnu na Uni-CV; atas na Parlamentu di intervensons na kriolu, ta skrebedu na kriolu; diskursu di PM, na 66ª Konferénsia di Nasons Unidu, foi na kriolu.
Nu ten ki adimiti ma tudu kel-li é signifikativu, mésmu ki nu sta inda lonjidi konfiri pa kriolu lugar ki, pa direitu, el debe okupa.
Pa okazion di Dia Internasiona di Língua Matérnu, nu krê rajista dôs akontisimentu, dôs prénda ki Radiu Nasional oferese si ovintis, oji, na notisiáriu di séti óra: un jornalista di Fogu da-nu un lison sobri alguns partikularidais leksikal di si ilha. Mi, N prende ku el, y dja N rajista pa nha disionáriu, signifikadu di “mantxuadu”. Un otu jornalista di Barlavéntu, ki ta tabadja na Santa Katarina di Santiagu, diklara ma el ta transmiti si prugrama na varianti di si ilha y ma gentis di intirior di Santiagu gosta di si prugrama y ta atxa ma el ten un “kriolu” sabi “pa frónta”.
Tudu kel-li pa fla ma si nu djunta mô, mantxuadu na kriolu, nos língua matérnu ta sai di anonimatu, na planu di kumunikason formal.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Nha vótu 2014
Pa nhos tudu fépu,/
Ki da-m, ki da-nu, razon di vive,/
Na AMOR y ku AMOR,/
Nha vótu 2014 é:/
NATAL, NASIMENTU, ANU NOBU/
Ta madura manenti,/
Oji, manhan y sénpri,/
Na familha, na trabadju y na vida,/
Ku toleránsia y transparénsia,/
Ku ruspetu y kriatividadi.//
Pa ménus ki kel-li, dexa sima kel-li.
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