F4, p.20
LCV
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Ka -u fla-m nau
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MLP
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Negação
OA tu falar-me nãu
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CSP
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Não
me digas não
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Verifica-se a presença
obrigatória do sujeito pronominal em LCV, o «ka[1]»
poderá ter vindo de «nunca», do mankañ “nko”e do mandinga ”ke” (ambos com
sentido de negação); o «fla» que vem de «falar», mas com o sentido de «dizer».
A autonomização em LCV é uma evidência. Apenas pelo material linguístico, a
frase seria inaceitável
[1]
Na evolução linguística, normalmente a sílaba átona que cai. Verificamos que em
“nunca”a sílaba átona permanece e cai a tónica. Segundo Rosine Santos, 2000, a
negação em mankañ é “nko”, e em mandinga é “ke”; Para Lang 2009:129, ele terá também origem no «ka» de negação manjaku. Segundo Lopes 1957 e
1984: 150, o «ka», vem de «nunca». Para Baptista
2006:97, a negação “nunca pode ter origem tanto no “nunca português, no
“ko mankañ, no “buka do mandinka, no “kë”balanta.
A nosso ver, é mais provável que que o “ka”do LCV
tenha origem, sobretudo, nas expressões africanas, acima referidas, mas não se
pode excluir o “nunca” português, também.
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