CABRAL VISTO POR AHMED BEN BELLA
(Primeiro Presidente de Argélia e grande obreiro na luta de libertação em relação à Franca):
(Primeiro Presidente de Argélia e grande obreiro na luta de libertação em relação à Franca):
"Era um Grande Homem. À sua modéstia e à sua integridade de militante, se associava uma grande inteligência e uma vasta cultura, o que faz dele um verdadeiro teórico da Libertação de África.
As suas opiniões deveriam servir-nos hoje para cumprir as nossas tarefas de reconstrução da África. Uma África segura dela própria, emancipada, liberta das dívidas, próspera e unida. Uma África que pertença aos Africanos e que encontre o seu lugar num mundo diferente, sem guerra e sem sofrimento" (in Atas do Simpósio Internaconal Cabral no Cruzamento de Épocas, 2005, FAC, p.783).
As suas opiniões deveriam servir-nos hoje para cumprir as nossas tarefas de reconstrução da África. Uma África segura dela própria, emancipada, liberta das dívidas, próspera e unida. Uma África que pertença aos Africanos e que encontre o seu lugar num mundo diferente, sem guerra e sem sofrimento" (in Atas do Simpósio Internaconal Cabral no Cruzamento de Épocas, 2005, FAC, p.783).
CABRAL VISTO POR JOSÉ-MARIA NEVES
(ex-Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Presidente da Fundação que leva o seu nome):
(ex-Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Presidente da Fundação que leva o seu nome):
"Avesso como era ao culto de personalidade – Cabral considerou que N’ Krumah tinha sido deificado pelos seus companheiros e, precisamente por isso, liquidado moral e politicamente, mesmo antes do seu derrube do Governo – considero que a melhor forma de homenagear Cabral não é fazer o panegírico do seu pensamento elaborado num preciso contexto histórico, repetindo o seu conteúdo, mas antes, na linha do seu labor teórico, ‘pensar com as nossas próprias cabeças’ e criar, a partir da realidade do mundo contemporâneo" (in Atas do Simpósio Internacional, Cabral no Cruzamento de Épocas, FAC, p.47).
Prosseguindo num outro espaço e momento:
"Estes postais [está-se a referir a Itinerários de Amílcar Cabral] expressam o percurso de um Homem grande da história moderna da África que ama desmesuradamente tudo o que é belo: da rebelião ao sol, da liberdade às rosas, da esposa às tulipas, dos filhos e crianças aos animais, da justiça aos companheiros da luta pela redenção dos povos da Guiné e Cabo Verde. ‘No fundo do homem a busca permanente da beleza. Busca desesperada às vezes, mas sempre fecunda’ (…).
Amílcar Cabral, qual peregrino da liberdade, priva com os principais líderes do mundo e participa entusiástica e incansavelmente em várias instâncias da OUA e da ONU, e consegue levantar bem alto o nome do PAIGC e da luta dos povos da Guiné e Cabo Verde (…).
Amílcar Cabral, qual peregrino da liberdade, priva com os principais líderes do mundo e participa entusiástica e incansavelmente em várias instâncias da OUA e da ONU, e consegue levantar bem alto o nome do PAIGC e da luta dos povos da Guiné e Cabo Verde (…).
Somos surpreendidos em cada postal que abrimos. O pormenor da descrição, a fina sensibilidade do escritor, os sonhos do poeta que deseja evadir-se, romper as amarras e chegar para lá do horizonte onde encontra a mulher que é a sua âncora, o seu porto seguro, o seu oásis ‘nos vendavais desta luta gloriosa’ (…).
Tenho uma profunda admiração por Amílcar Cabral. Ao ler estes postais pude descobrir um Homem ainda infinitamente maior" (in Itinerários de Amílcar Cabral, 2018, Rosa de de Pocelana, p.19 e 20).
Tenho uma profunda admiração por Amílcar Cabral. Ao ler estes postais pude descobrir um Homem ainda infinitamente maior" (in Itinerários de Amílcar Cabral, 2018, Rosa de de Pocelana, p.19 e 20).
CABRAL VISTO POR SENGHOR
(ex-Presidente do Senegal):
(ex-Presidente do Senegal):
"Precisamente na confusão que é a nossa, o exemplo e o ensino de Amílcar Cabral podem, devem, trazer-nos luz e reconforto.
Com efeito, Cabral era não só um homem de cultura mas ainda um homem de lucidez e de medida; mestiço no sentido mais nobre da palavra. Ele sabia e dizia que a verdade não era dada antes de tudo: ela nascia do diálogo, isto é, da confrontação, melhor ainda, da simbiose entre ideias e temas opostos.
Entre a cultura e a política, a poesia e a ciência, a teoria e a acção, o combate pela descolonização e a luta pela civilização do universal, ele tinha escolhido a simbiose viva, dinâmica, criadora entre as duas formas de actividade.
Só esta via, a de Amílcar Cabral, nos ajudará a resolver os nossos problemas africanos de hoje…"
(in Atas do Simpósio Internacional Continuar Cabral, 1983, FAC, p. 25).
CABRAL VISTO POR CARMEN PEREIRA
( Combatente da Liberdade da Pátria, ex-Presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau):
( Combatente da Liberdade da Pátria, ex-Presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau):
"Sendo o legado de Amílcar Cabral um património pan-africanista e de cariz universal, o lema [do Simpósio Cabral no Cruzamento de Épocas] inspira-nos a refletir nas obras e nos ensinamentos do nosso saudoso líder Amílcar Cabral. Homem do qual deveremos ter sempre na nossa memória as suas obras e o seu espírito humanista como um legado não só exclusivo do povo Guineense e Cabo-verdiano, mas de toda a África, senão de toda a humanidade (…).
… pelo facto de ter participado lado a lado com o homenageado, facto que me permitiu conhecer não só um líder, mas também um companheiro, um camarada e um irmão que nas horas de angústia e solidão sempre conseguia levantar o ânimo dos seus camaradas. Posso afirmar que tive o privilégio de conhecer um Homem ímpar e de referência mundial.
Igualmente, tive a oportunidade de reconhecer nele um homem cuja obra continua válida até à data presente… ele continuará na minha memória como um dirigente que sempre soube dirigir e compreender os seus companheiros e como líder agiu sempre com um sentido humanista em toda a sua tomada de decisão" (Atas do Simpósio Cabral no Cruzamento de Épocas, 2005, FAC, pp. 809 e 810).
CABRAL VISTO POR OLOF PALME
(Antigo Primeiro-Ministro da Suécia)
(Antigo Primeiro-Ministro da Suécia)
"Quando Amílcar Cabral foi assassinado em 1973, ele foi vítima de um acto criminoso. A perda sofrida pelo seu país e o seu povo é irreparável. Com ele desapareceu um dos maiores dirigentes do Terceiro Mundo.
Homem de inteligência e futuro Amílcar Cabral foi tanto um revolucionário como um construtor da sociedade. Ele apreendia os problemas e as tarefas situadas para além da luta armada. As transformações que se impunham ocupavam constantemente o seu pensamento.
Dos meus encontros com Amílcar Cabral retenho a lembrança de um amigo e de uma dignidade e simplicidade que forçavam o respeito e suscitavam a confiança. A sua autoridade era tão natural como contagiosa bem como a fé que tinha no futuro.
O vazio que ele deixa é grande. Mas sua personalidade imponente e atraente bem como a obra por ele realizada assegurar-lhe-ão para sempre um lugar entre nós"
(Atas do Simpósio Internacional Continuar Cabral, FAC, 1983, p. 687).
(Atas do Simpósio Internacional Continuar Cabral, FAC, 1983, p. 687).
CABRAL VISTO POR PAULA FORTES (combatentente da Liberdade da Pátria, ex-deputada nacional)
«O ENCONTRO:
A 28 de Novembro de 1970, depois do acolhimento pelo responsável de protocolo do PAIGC no aeroporto de Conakry…
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CABRAL VISTO POR CARLOS VEIGA
(Um dos fundadores do MpD, ex-Primeiro-Ministro de Cabo Verde):
(Um dos fundadores do MpD, ex-Primeiro-Ministro de Cabo Verde):
"Amílcar Cabral está indissoluvelmente ligado à nossa Independência. Foi ele um dos primeiros que apresentou, consistente e determinantemente, como a única opção da Nação caboverdiana colonizada; que a teorizou quanto a fundamentos e objectivos; que concebeu e construiu os instrumentos, a estratégia e a tática para a conquistar; e que dirigiu a luta armada para a obter.
Assassinado cobarde e traiçoeiramente, a solidez do trabalho realizado até então, a clareza da orientação deixada, o gigantismo da coragem e a profundidade das convicções que soube incutir nos seus colaboradores próximos permitiram que, mesmo sem a sua presença inteligente, estimulante e mobilizadora, o sonho por que tanto lutou e se concretizasse pouco tempo depois.
Por isso, muito justa e inequivocamente, Cabral é, para todos os caboverdianos, o primeiro dos seus Heróis, o maior dos seus Homens Grandes" (Atas do Simpósio Internacional, Cabral no Cruzamento de Épocas, 2005, p. 441).
CABRAL VISTO POR PEDRO PIRES, Presidente da Fundação Amílcar Cabral
"Cabral, sendo o maior de nós todos, era também um pouco de todos nós… Era uma dessas personalidades singulares que, produto de uma época e fruto de uma conjuntura, modelam essa época e deixam, para todo o sempre, depositada na estrutura da história humana uma pedra que reforça e enriquece o espólio colectivo da humanidade…
A obra de Cabral é a resultante da concentração num só homem de um conjunto invulgar de aptidões e dotes individuais, de entre as quais avultava uma extraordinária percepção da realidade social e uma opção sempre coerente em prol das causas justas que, inclusivamente, já se encontra em poesias de tempo em que era estudante liceal – e da sua capacidade de sintetizar, elaborar e traduzir em fórmulas claras, em exposições simples ou em injunções precisas a ‘acção colectiva’ de toda uma geração de luta" (Atas do Simpósio Continuar Cabral, 1983, p. 693).
CABRAL Visto por Gérard Chaliand:
"Com o recuo do tempo e uma mais justa apreciação do que foi efectivamente realizado, é altamente provável que, enquanto dirigente revolucionário, Amílcar Cabral ocupe, em África, o primeiro lugar. À escala do terceiro mundo, é dos que, pouco mais numerosos que os dedos de uma das mãos, pela reflexão e acção, pelo rigor intelectual e pela aura da sua personalidade, deixaram uma herança que, com a condição de não ser mumificada, continuará a ser uma fonte de inspiração" (Continuar Cabral, Simpósio Internacional/1983, p. 463).
CABRAL VISTO POR NELSON MANDELA
Acabo de receber um exemplar de Itinerários de Amílcar Cabral. Obrigado à Márcia e ao Filinto que mo enviaram; obrigado António Correia Silva que foi o portador, tendo tido a gentileza de vir, pessoalmente, à minha casa fazer a sua entrega.
Já iniciei a leitura desta preciosidade. Vejam só a afirmação do Secretário-Geral das Nações Unidas, Eng. António Guterres, que diz:
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