Hoje,
23 de Abril, é dia do Professor Caboverdiano. Quisera celebrar este dia com o
lançamento de um novo livro, A PALAVRA E O VERBO, que é uma
espécie de testemunho do meu estar no mundo, como homem de cultura.
O
livro, apesar de já estar no prelo, contou com atrasos alheios à minha vontade
e que impediram a sua saída, neste momente. Não obsbtante, tendo presente a
carreira de docente que exerci, com empatia e espírito de missão, durante vários
anos; considerando o respeito a estima
que nutro por todos os professores caboverdianos e do planeta, decidi escrever
este post homenageando-os a todos.
Este
ano, de uma maneira particular, gostaria de celebrar a memória do garnde
professor e poeta, José Lopes. Eis o qe sobre ele disse na nota final do
prefácio que, a pedido da Academia Caboverdiana de Letras, fiz à reedição do
seu livro Jardim das Hespérides:
“A poética de José Lopes não só
honra como engrandece a literatura caboverdiana e universal: pela beleza, pela
elevação, pela elegância, pela leveza, pela temática, pela cidadania, pela universalidade,
pelo humanismo, atributos estes que só uma poética de grande envergadura pode
ter.
Eu devo penitenciar-me por só agora, da minha
suposta “torre de marfim”, ter podido escutar o “bater à porta” do poeta da “Hespéria oriundo, sentir a sua poesia e
achar o seu pensamento”. Por isso, para mim, ele tem um lugar de destaque,
à sombra do grande PEDESTAL, do grande MONUMENTO que é a LITERATURA
CABOVERDIANA e UNIVERSAL.
Como eu, muitos se deixaram levar pela
cantiga dos que diziam que os pré-claridosos, com exceção de Pedro Cardoso e
Eugénio Tavares (cultores, respetivamente, do crioulo e da morna), eram
alienados e desenraizados.
Que blasfémia! Que
altivez ignorante! Que injustiça cultural! (…)
Pelo encontro que tive com Jardim das Hespérides, ficou-me
a certeza, sem nenhuma réstia de dúvida, que a poética de José Lopes engrandece
a nossa literatura, engrandece a língua portuguesa e as literaturas nela
moldadas. Por isso, peço às instituições do ensino e às associações culturais
de Cabo Verde que façam tudo para que a geração anterior à claridade e o sentir do seu tempo sejam conhecidos,
interpretados e avaliados com justiça, com conhecimento e com humanismo”.
Sem comentários:
Enviar um comentário