quinta-feira, 16 de julho de 2020

Mandamentu da Fraternidade

KUSAS MESTE MUDA

O mandamento da fraternidade ordena que amemos a todos como gostaríamos que fôssemos amados. E esse amor deve ser algo de concreto, e não de abstrato. Significa partilha, respeito, solidariedade, reconhecimento, doação, magnanimidade, generosidade.
Hoje, não só na Baia Azul, mas por todo o lado, esse mandamento cristão é infringido, desrespeitado e, às vezes mesmo, ridicularizado.
Quando se declara uma guerra injusta, está-se a incumprir o mandamento.
Quando se pratica qualquer tipo de violência, há incumprimento.
Quando se permite ou se contribui para que haja fome no mundo, há incumprimento.
Quando não se diligencie ou não há interesse para que haja inclusão social, cultural e educativa, há incumprimento.
Quando a riqueza podre convive lado a lado com a miséria degradante, há incumprimento.
Quando os direitos dos trabalhadores não são respeitados, há incumprimento.
Quando a liberdade, os direitos e as garantias dos cidadãos são esquecidos, há incumprimento.
Quando há opressão e se pratica a injustiça, há incumprimento.
Quando a Situação e a Oposição (na política) recusam o diálogo construtivo para a solução de problemas que exigem o consenso das partes há incumprimento.
Quando o desemprego massivo atinge jovens e menos jovens, há incumprimento.
Quando o nepotismo e o amiguismo tomam conta da administração e dos setores de produção e de desenvolvimento, há incumprimento.
Quando a poluição não é nem controlada, nem diminuída, há incumprimento.
Quando se pratica o roubo, a fraude ou a corrupção, há incumprimento.
Quando a dignidade da pessoa humana não é respeitada, há incumprimento (MV, 2019: 271. Profecias do Ali-Ben-Ténpu).
Kusas Meste Muda. Ku Paulino Vieira, nu sunha:
“Ami kordóde, N sunhá / Kabuverde éra un paraíze /Xeiu de jardin floride // Oh Deus dá-me ligria / Panhá nha sonhe Bo abensoá-l / Voltá-me el realidade /(…)// Éra rikéza na txon / Éra riaxu ta korrê / Éra ligria na pove / Éra beléza oiá nos fidju /Ta brinká na txon na mei de móte / Debóxe de árvore parida / Oh Deus da-me ligria / Panhá nha sonhe Bo abensoá-l / Bo voltá-me el realidade”.

Manuel Veiga, Facebook de16.7.2020)

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