Tolerância (55)
Adquiri o hábito de, todos os dias, ter um pensamento forte, e que me acompanha o dia todo. Hoje, escolhi a TOLERÂNCIA. Já houve momentos em que fui menos tolerante. Confesso que aprendi com a minha mulher a ser mais tolerante. Ela mesmo costuma dizer-me: “Veiga, hoje tu és um homem diferente”. Obrigado, Fátima, pelo magistério da tolerância.
A realidade não pode ser (e sempre) completamente escura ou completamente clara. “In medio stat virtus” (a virtude está no meio). É a tolerância que nos ajuda a descobrir o lado positivo das coisas, a ver em tudo, se não a beleza, pelo menos o equilíbrio que existe no arco-íris.
Nós atingimos a idade madura, a idade de sabedoria quando aprendermos “a separar o trigo do joio” e a ver que mesmo o “joio” pode ter algo de positivo, pode, em algum momento, ter a sua razão de ser, ou então, pode ter a razão que a RAZÃO ainda desconhece. Há que ter a perspicácia para descobrir essa razão de ser, na dimensão justa e apropriada. Há que evitar a tentação de sermos piegas, maniqueístas, ou então, de sermos intolerantes perante a diversidade ou a diferença.
Gostaria de partilhar com todos os meus amigos, com todos os que gravitam ou venham a gravitar na minha “entourage”, esta experiência de vida. E se o faço, é porque sei que a tolerância é uma condição para sermos felizes e para contagiarmos a felicidade dos outros. Não se esqueçam, pois, desta bonita e inteligente frase latina: “in medio stat virtus”.
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